sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Dia longo...

 Depois de uma guerra absurda com os três despertadores, para que me acordem pela manhã...
 Hoje nem chegaram a tocar, pois a doce voz que me alegra pela manhã ligou... Apenas para dizer... o que mais lhe custa dizer... A famosa frase: " tens razão".
 Mas verdade é que não quero ter essa razão ou outra qualquer, apenas não quero magoar-me... e desejo o que qualquer rapariga deseja... ser feliz...
 De seguida o querer fechar os olhos, que, depois de bem despertados, teimam em não colar novamente as pestanas, e a mente, que dá mil voltas a pensar nas palavras que ouviram soar cheias de sentidos e significados dos outro lado do telefone.
 Volta para um lado... para outro e... voilá... O DESPERTADOR toca. Não há mais escape para o inicio de um longo dia, tal como o de ontem.
 Rotina matinal, banho, pequeno-almoço, a complicação de uma mulher e a escolha da sua roupa e sapatos em consonância com a chuva o Sol e o frio... indecisão essa, atormentada pelo tic-tac do horário a cumprir. A muito custo lá saio de casa, sempre com um vazio no espaço que ficou sem as palavras que não se disseram no telefonema relâmpago da manhã.
 A manhã passa tão rápido que nem dou por mim com tanta coisa ainda por fazer e resolver...
 Um almoço na companhia da grande progenitora, haverá melhor companhia?
 E de volta a luta...
 Nessa luta cabe o lugar a uma sms: "AllO?" e uma segunda sms: "AllO????" e uma terceira sms: "Que fazes?" mas, o que me aflige e mortifica é maior que a vontade de proferir palavras soltas, pedidos de explicação, ou apenas tentativas de entendimento do que não posso entender, apenas deliciei-me no silêncio do que fere a minha bomba interna, que diariamente me dá vida.
 O silêncio perdura por mais umas horas, e eu, sempre absorta em trabalho, mas de mente ocupada na pesagem dos prós e contras das minhas duvidas e porquês. 
 Depois do dia de trabalho terminar, começa uma outra luta, a das aulas, são mais umas horas vertiginosas do eterno calcanhar de Aquiles... A matemática.
 Resolvi então quebrar o silêncio, pois aproxima-se uma viagem longa num dia tão feio de chuva, era justo desejar-lhe o que o que o meu batedor interno deseja... coisas boas... "Boa Viagem, vai com cuidado".  Prontamente toca o telefone com a resposta: " Não te queria triste".
 Eu confesso que também não queria estar, queria superar, entender, e que entendesses também que ser feliz é passar etapas, ultrapassa-las, e não estagnar ou repetir erros e enganos, é fazer alguém feliz, e isso implica moderações,  condescendências... enfim um esforço titânico de ambas as partes por algo que acreditamos mas que acima de tudo sentimos. Apenas acontece... que já não sinto que sintas...
 Outro espaço de silêncio dado a mil pensamentos da minha mente, e lá começou a malfadada aula, que quando terminou nem sentia os dedos de tanto escrever.
 Dois aniversários avizinham-se pela noite dentro e a vontade para ir é nenhuma, é tarde nem jantar existe feito, e por volta das quase 23h o melhor telefonema, começa com a coisa mais bonita de se ouvir e termina... de forma estranha...
 Finalmente o chegar a casa para a luta do jantar, e procurar a vontade de o comer, falar com algumas pessoas a justificar a minha ausência das ditas festas... logo duas, haja fartura.
 Jantar a uma da manhã... mais umas sms e finalmente umas horas de consenso com o blog.
 O João pestana já chama pois os ponteiros do relógio roçam as 3:40 e amanhã a aula de matemática começa as 9h... sim 9h não é engano mais um dia entre todos os outros iguais que durmo quatro horas e meia.
  Mas não me vou sem antes deixar o meu pensamento deste dia:
Estou plenamente absorta na indignação do tudo e nada que me remete a este silêncio a que me reservo neste momento.
Encontro-me estarrecida pela ausência de compreensão de certas posturas perante a minha pessoa... Há um ditado que diz que colhemos o que semeamos...
E quando semeamos algodão doce e colhemos Amêndoas amargas?
Não quero mais acreditar... pois só a Alice pode entrar no país das maravilhas... eu sou uma mera eu.

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